sábado, 21 de novembro de 2009

JORNALISMO ROCK trailer Pronto



Pronto acabou. Ja falei sobre o asunto em uma postagem anterior.

Foram quase seis meses de gravação com seis entrevistados:
-profº Joarez Xavier, Jornalista, Doutor em comunicação social
-profº João Lindolfo Neto, Antropólogo, Doutor em antropologia
-Bento Araujo, Jornalista, editor da revista Poeira Zine
-Marcos Fillipe o Diet, Jornalista, editor da revista Comando Rock
-Fabio Masari, Jonalista e Radialista
-Kd Vinil, Jornalista, Radialista e Cantor

Alguns não puderam nos ajudar, porém os que se propuseram fizeram além das expectativas. E gostaria de aqui agradecer a disponibilidade de todos que nos ajudaram muito nesse projeto. Conseguimos um material muito vasto e rico.

O grande trabalho foi transformar quase seis horas de gravações em vinte e cinco minutos, levamos cerca de um mês para editar e finalizar a edição, usamos na trilha sonora por volta de 70 trechos de classicos do rock mundial.

Conhecemos nomes que nunca ouvimos falar e que foi extremamente importante para a prática do jornalismo especializado em rock no Brasil.

É isso mais uma fase se passou e ai esta um trecho desse documentário:

terça-feira, 26 de maio de 2009

Quando reduzir o estômago é o fim da linha.

40 kilos a mais do peso considerado ideal atrapalha o dia a dia de qualquer pessoa.

A professora Ana Claudia Rocha de 28 anos sabe bem disso e relembra alguns episódios dessa fase da vida que ela deixou para trás após ter feito a gastroplastia, cirurgia popularmente conhecida como a redução do estomago, há quase três anos ela pesava 105 kilos e sofria de hipertensão arterial, foi aí que seu cardiologista indicou que ela procurasse um endocrinologista, pois o sucesso do tratamento só viria com a perda de peso.

Além dos problemas de saúde ocasionados pelo peso, Ana enfrentou um outro vilão: o preconceito, para Ana as pessoas se importavam mais com sua aparência do que ela própria, e comenta sobre algumas loucuras que já fez para reduzir peso: “a maior loucura que eu fiz foi quando eu tinha 14 anos apenas e minha mãe me levou em um endócrino e ele me passou remédio de faixa preta, tinha vez q eu tomava até remédio sem receita médica, tomei sibutramina e alguns ansiolídicos sem necessidades, os médicos dizem que essa medicação pode até causar depressão, eu cheguei a ter alguns episódios de depressão e um médico me disse que pode ter sido pela ingestão desse medicamentos".

A gastroplastia popularmente conhecida como a redução do estômago é uma cirurgia indicada para pessoas que sofrem de uma doença bem conhecida pelos brasileiros, a obesidade. A obesidade é dividida em graus e definida conforme o seu IMC, o índice de massa corpórea. Para obter o seu IMC você deve calcular primeiro a sua altura ao quadrado e dividir o seu peso pelo valor obtido do calculo anterior (IMC = alt²/peso), exemplo para o calculo de uma pessoa que tem 1,80 de altura e pese 80Kg: 1,80m x 1,80m = 3,24 e depois 80Kg/3,24 = 24,69, o número resultante dessa equação é o valor do seu IMC, portanto no exemplo essa pessoa teria um IMC de 24.

A cirurgia bariatrica é indicada apenas para as pessoas que apresentam os casos mais severos da doença, ou seja os casos mórbido e grave. O obeso considerado mórbido é aquele com o IMC acima dos 40, e o que têm a obesidade considerada grave é aquele com o IMC acima dos 35 e que ainda é portador de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão arterial. A nutricionista Cynthia Pimenta ressalta que nem todos devem receber a indicação da cirurgia,“não é qualquer pessoa que chega aqui e diz quero emagrecer quero fazer aquela cirurgia , não é qualquer pessoa que se tem essa indicação para a cirurgia”.

Quando o paciente é submetido à cirurgia é esperada uma redução de peso que pode variar de 40% até 60% de seu peso inicial, vale lembrar que com a rápida perda de peso alguns problemas de saúde podem surgir, Nesse caso, o acompanhamento médico após a cirurgia é tão ou mais importante que o momento que antecede a cirurgia o alerta vem da endocrinologista Dra. Haladia Simião: “continua com a nutricionista, com psicóloga, com endócrino, devido que além de não ter a absorção de carboidrato, de gordura, pode também as vezes não absorver nutrientes como ferro, vitamina d e corre o risco de ter uma anemia, baixar a imunidade e de ter uma descalcificação de ossos”.

Nos primeiros dias após a cirurgia Ana Claudia chegou a se arrepender pois sentia fortes dores devido aos pontos da cirurgia e o dreno que é colocado logo após a cirurgia causava muito incomodo. Hoje, quase 3 anos depois, ela diz que os benefícios obtidos com a cirurgia anularam qualquer dor ou mal estar das primeiras semanas: “bem eu perdi 41 kilos, hoje eu vivo como uma pessoa normal, que infelizmente o gordo não é taxado como normal, pra mim melhorou tudo, com relação a trabalho eu me sinto mais disposta, a minha alto estima melhorou eu acho que tudo isso influenciou e ajudou em muito pra mim. Com o passar do tempo eu percebi que era a única solução que tinha e se eu não tivesse me submetido a cirurgia talvez não sei se aqui falando com você, na situação que eu tava chegando, então o meu arrependimento foi muito pouco, na primeira semana onde eu sofri muito, depois que eu comecei a ver os benefícios comecei a me sentir melhor", e se despede recomendando a cirurgia aos que sofrem com a obesidade: "não me arrependo, faria de novo e recomendo pra quem for preciso".

História do jornalismo de rock no Brasil é resgatada por universitários

por Virginia Delfino

foto: Giovana Delfino

Estudantes do curso de jornalismo da Universidade Cruzeiro do Sul retratarão a trajetória da cobertura do rock no Brasil em um vídeo-documentário. Ao iniciar as pesquisas para um trabalho de conclusão de curso, os alunos Virgínia Delfino (23) e Tomás Lombardi (23) notaram que este tema ainda não possuía documentos: “Não encontramos nada focado na história do jornalismo especializado em rock no Brasil, por isso decidimos fazer essa pesquisa e registrá-la por meio de um vídeo-documentário”, explica Lombardi.


A proposta da dupla é entrevistar jornalistas e roqueiros que participaram desse movimento e reunir seus depoimentos e imagens de arquivo. O projeto foi bem recebido pelos professores: “O mérito do trabalho é a inovação, pois não existem pesquisas sobre o fazer jornalismo especializado em rock.”, comenta Flávia Serralvo, professora do curso de jornalismo.


Os alunos contaram com a colaboração da jornalista Patrícia Rocco para a construção do pré-projeto do TCC. “Participei dessa história nos anos 90 como leitora e não como jornalista, por isso minha contribuição é isenta”, afirma Rocco.


O documentário será finalizado em outubro deste ano, mas os alunos já fazem planos para essa proposta: “Queremos levar esse projeto adiante e transformá-lo em um longa-metragem e quem sabe escrever um livro”, diz Delfino.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Cemitérios podem influenciar o meio ambiente e a saúde pública

por Virginia Delfino e Tomás Lombardi



“Todo cemitério é uma fonte potencial de poluição do subsolo”, diz o professor e geólogo Lezíro Marques Silva, ex-técnico da Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) e um dos pioneiros a estudar – em âmbitos nacional e internacional - os impactos ambientais causados pela emanação de substâncias oriundas da decomposição do corpo humano.

Pesquisador do assunto há 38 anos, Lezíro e a equipe da qual faz parte, vêem se dedicando a entender os malefícios que os cemitérios construídos sem prévio estudo do solo podem causar ao meio ambiente. “Devemos ficar atentos para uma série de fatores para a construção de um cemitério: deve ser feito um estudo hidrogeoambiental da área em que ele será construído para verificar se o solo tem condição de decompor o cadáver, se há hipótese de poluição do lençol freático da região e ainda se não causará poluição aérea devido à emissão de gases”, alerta Silva.

A curiosidade sobre os processos que norteiam a decomposição de cadáveres e, em especial como este fato interage com o meio, foram seus pontos de partida. Dentre muitas indagações, o professor buscava entender se havia relação de contaminação do solo com as cargas tóxicas que os corpos em decomposição emitem e quais os riscos para a população – principalmente às comunidades que vivem próximas a cemitérios.

Ao estudar o passo a passo do processo de decomposição do corpo humano, o professor e sua equipe constataram que os cadáveres produzem gases mortuários e um líquido chamado necrochorume (neologismo criado para designar o líquido diluente cadavérico), que podem contaminar o meio ambiente se não forem tratados de maneira adequada. Além disso, devido às condições inadequadas do solo e do clima, podem ocorrer fenômenos de conservação e os cadáveres não de decompõe totalmente.

De acordo com o Código Sanitário do Estado de São Paulo as exumações devem ser feitas após três anos do sepultamento e caso a decomposição não esteja finalizada um novo sepultamento é efetuado por mais dois anos. Ao final de cinco anos não está previsto o que fazer após a segunda exumação, caso o cadáver permaneça preservado. Essa e outras normas que regulamentam a construção e operação de cemitérios não são suficientes para conter os poluentes.




A pesquisa - Um corpo humano de 70 kg, por exemplo, demora três anos e meio para se decompor. No primeiro mês de enterrado ele produz aproximadamente 24 litros de gases e nos próximos seis meses 30 litros de necrochorume, que é composto por 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas biodegradáveis, que carregam vírus e bactérias, dentre outros microorganismos. Nessa porcentagem de substâncias biodegradáveis existem duas que se destacam: a cadaverina e putrescina, que são extremamente solúveis em água, e se entram em contato com o lençol freático formam uma pluma de poluição e o contamina.

Além do processo natural de decomposição, existem também alguns fenômenos de conservação, por processos biológicos ou físico-químicos, que podem ocorrer nos corpos sepultados em solos arenosos, argilosos, úmidos e em clima extremamente quente. Nesses casos, os cadáveres permanecem preservados e podem causar conseqüências diretas e incisivas nos aspectos hidrogeológico, geoambientais e geossanitários, pois quando os corpos não sofrem a decomposição completa, os vírus e microorganismos infectantes permanecem ativos.


Condições adequadas de Sepultamento

Segundo o Prof. Lezíro, a cremação do corpo humano é a maneira mais eficaz para eliminar todas as substâncias que poderiam contaminar o meio ambiente. No entanto, quando ocorre o sepultamento, algumas medidas devem ser tomadas para que não haja riscos de contaminação.

O ideal é manter o necrochorume, substância que traz maior perigo para o meio ambiente, dentro dos túmulos para a secagem a fim de evitar a infiltração no solo e posteriormente no lençol freático. Isto é conseguido facilmente com a implantação de lajes no fundo das sepulturas para que haja a contenção do líquido. Nos casos em que as condições geoambientais e de clima não são adequadas para decompor o corpo humano, pode ser feita a utilização de substâncias que propiciem e acelerem o processo de decomposição dos cadáveres e que ainda neutralizem as substâncias emanadas por eles.

Os cemitérios são, potencialmente, empreendimentos de risco ambiental, porém, não são todos vilões do meio ambiente. No caso dos cemitérios públicos da cidade de São Paulo aproximadamente 75% se encontram com problemas, devido a condições inadequadas de sepultamento. Já os cemitérios particulares se preocupam em atender as condições adequadas, como a seleção do local e a implementação de técnicas operacionais que garantam a não contaminação do meio ambiente.