segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Entrevista com Jotta Santana

José Santana Verner Rodrigues, mais conhecido como Jotta Santana, começou sua carreira jornalística aos 17 anos em jornais escolares na cidade de Itapeva, município do interior do estado de São Paulo localizada na região de Sorocaba, onde vivem cerca de 90 mil pessoas.
Trabalhou alguns anos com publicidade, passou por diversas redações como Folha de São Paulo, Notícias Populares, entre outras revista de porte nacional; está na imprensa paulistana desde 1978.
Nessa entrevista Jotta nos conta sobre sua carreira, sobre o passado e o futuro do jornalismo, sobre seu blog e como é o seu trabalho hoje em dia aos 59 anos de idade e o que ele pensa a respeito da obrigatoriedade do diploma e sobre premiação a jornalistas.

TomateemAção: Trabalha desde quando com jornalismo?
Jotta Santana: Desde 1965, em jornais escolares e num jornal do interior chamado Jornal de Itapeva, cidade onde nasci. Em São Paulo, trabalho na imprensa desde 1978. Entre 1970 e 1978 fui redator de várias agências de publicidade.
TomateemAção: Quais as empresas jornalísticas que você já trabalhou?
Jotta: Notícias Populares, Revista Homem, Revista Prive, Revista Status, Revista Motocross / Motosport, Revista Bicisport, Folha de São Paulo, Revista Fluir, Revista 2 Rodas, Revista CD_Rom Sexy, Revista Platina, Jornal Paulista de Surf, Revista Guitar Player, Revista Modern Drummer, Revista Dirt Action, Revista Motoaction, Manual do Churrasco, Churrasco & Cia, Up Gospel.

TomateemAção: Como é a profissão do jornalista hoje?
Jotta: Bom, acho que é como sempre foi, uma profissão que exige muita dedicação, vocação, atualização e principalmente curiosidade. Sem curiosidade no sangue, ninguém é jornalista. Os espaços estão ficando mais restritos, mas o leque de meios de comunicação está se ampliando. As assessorias de imprensa, hoje, representam uma nova opção de trabalho especializado. A concorrência talvez esteja mais acirrada por causa do volume de novos jornalistas todos os anos em busca do seu lugar ao sol. Mas, um profissional realmente integrado com o seu tempo e atento ao desenvolvimento técnico da produção de jornais, revistas e noticiários de rádio e tv, sempre encontrará espaço para desenvolver o seu trabalho.

TomateemAção: O jornalismo mudou muito de quando você começou a trabalhar?
Jotta: Não mudou nada. Continua sendo uma profissão movida à emoção. Mudou tecnicamente. Antes a gente escrevia com máquinas Olivetti Lexicon 80 em laudas que colávamos umas nas outras formando um rolo quilométrico pra não perder a sequência. Hoje, na tela do computador, só erra e manda errado quem quer. Mudou pra melhor, muito melhor!

TomateemAção: Qual o futuro do Jornalismo na sua opinião?
Jotta: Vai continuar sendo uma profissão de pessoas sensíveis e com capacidade de ser um vetor de idéias e informações, e um analista e testemunha dos acontecimentos do mundo à sua volta. Uma atividade fascinante em todos os aspectos. A tela branca do computador será sempre um desafio diário e irresistível.

TomateemAção: O que acha do jornalismo eletrônico como os blogs e jornais on line?
Jotta: Um segmento que veio pra ficar e que significa a versão mais atualizada da comunicação, porque é imediata como o rádio e a televisão. Transmite idéias e informações praticamente em tempo real. Eu mesmo, além do trabalho nas revistas, faço a atualização de conteúdo do site da Revista Motoaction e mantenho um blog com atualização diária chamado Motocando – A Vida Sobre Duas Rodas. Jornalismo eletrônico não é o futuro. É o presente.
TomateemAção: Qual a sua opinião sobre a obrigatoriedade do diploma no exercício do jornalismo?
Jotta: Eu tenho meu registro de Mtb por exercício da profissão. Sinceramente, acho relativo. A obrigatoriedade do diploma forçou o aparecimento de uma infinidade de cursos e a qualidade do ensino não acompanhou o ritmo. Só isso.

TomateemAção: Sobre premiação para jornalistas como: Prêmio Abril, Comunique-se, Wladimir Herzog. Qual sua opinião?
Jotta: Toda premiação é um reconhecimento ao talento do premiado!